Etapa de 178.2 quilómetros com partida em Sequeros e chegada ao Alto de la Covatilla. Passagem por 6 contagens de montanha categorizadas, uma contagem de primeira categoria o Puerto del Portillo de las Batuecas (14.1km a 5.3%), três contagens de terceira categoria : Alto de San Miguel de Valero (4.5km a 5.7%), Alto de Cristóbal (5.6km a 4.7%) e Alto de Peñacaballera (4.7km a 5.4%). Uma contagem de segunda categoria o Alto de la Garganta (11.4km a 5.1%) e uma categoria extra o Alto de la Covatilla (11.7km a 6.9%) coincidindo também com o final de etapa.
Sendo a última oportunidade para muitos ciclistas poderem triunfar nesta Volta a Espanha a fuga foi composta por 34 ciclistas em que se destacavam David de la Cruz (UAE-Team Emirates), Rui Costa (UAE-Team Emirates), Ivo Oliveira (UAE-Team Emirates), Mark Donovan (Team Sunweb), Michael Storer (Team Sunweb), Ion Izagirre (Astana Pro Team), David Gaudu (Groupama - FDJ), Guillaume Martin (Cofidis, Solutions Crédits), José Herrada (Cofidis, Solutions Crédits), Nelson Oliveira (Movistar Team) e Gino Mäder (NTT Pro Cycling).
No pelotão quem perseguia a frente da corrida era a Team Jumbo-Visma impondo um ritmo calmo e confortável.
Começava o Puerto del Portillo de las Batuecas e na fuga era Ivo Oliveira e Rui Costa que metiam o ritmo, tentando distanciar o pelotão o máximo possível, para que David de la Cruz pudesse ganhar tempo na geral devido a estar apenas a 9 minutos e 29 segundos de Primož Roglič (Team Jumbo-Visma). Guillaume Martin foi o primeiro a passar no topo somando mais 10 pontos para a sua camisola da montanha mesmo já tendo a liderança da classificação assegurada.
A 62 quilómetros da meta a Movistar Team assumiu o controlo do pelotão retirando tempo à frente da corrida. Ivo Oliveira a 42 quilómetros do fim era absorvido pelo pelotão depois de uma grande etapa como gregário estando novamente em destaque nesta Volta a Espanha.
Começava o Alto de la Garganta e a 31 quilómetros da meta Marc Soler (Movistar Team) atacava no pelotão, ficando isolado na frente, conseguindo fazer a ponte para o grupo dos fugitivos a 19 quilómetros do fim. A fuga ia perdendo cada vez mais elementos e quem perseguia a frente da corrida era novamente a Team Jumbo-Visma.
A 18 quilómetros da meta Mark Donovan atacava, com resposta de Gino Mäder e Ion Izagirre formando um trio na frente, partindo por completo a fuga.
Começava a subida final o Alto de la Covatilla e os três da frente tinham 40 segundos de vantagem sobre o grupo perseguidor e 3 minutos e 30 segundos de vantagem sobre o pelotão. A 10 quilómetros da meta Rui Costa ficava também para trás depois de um grande trabalho para o seu líder David de la Cruz.
A 7 quilómetros do fim Ion Izagirre atacava com resposta de Gino Mäder e Mark Donovan. Quando os dois fizeram a ponte Izagirre voltou a atacar ficando isolado na frente. No grupo perseguidor Marc Soler começava a ceder e Guillaume Martin e David Gaudu atacavam. Gaudu mostrou que estava mais forte e rapidamente deixou Guillaume Martin para trás iniciando a sua perseguição à frente da corrida.
David Gaudu a 5 quilómetros do alto passava por Gino Mäder, e rapidamente chegou a Ion Izagirre. O Francês mostrou que vinha noutro andamento e deixou o Espanhol para trás continuando a sua aventura Covatilla acima isolado, agora na frente da corrida.
No pelotão Aleksandr Vlasov (Astana Pro Team) era o primeiro a atacar mas como não era perigoso para a geral não foi perseguido por nenhum dos favoritos. A cerca de 4 quilómetros da meta Hugh Carthy (EF Pro Cycling) atacava com resposta imediata de Richard Carapaz. Primož Roglič teve de fechar o espaço devido a Sepp Kuss (Team Jumbo-Visma) já não ter capacidade e Dan Martin (Israel Start-Up Nation), Wout Poels (Bahrain - McLaren), Felix Großschartner (BORA - hansgrohe) e Sepp Kuss ficavam para trás. Devido ao ataque rapidamente chegavam a Aleksandr Vlasov.
A 3 quilómetros da meta era a vez de Richard Carapaz atacar com Primož Roglič a não conseguir fechar o espaço, ficando o Equatoriano isolado começando assim a sua missão impossível de retirar 45 segundos a Roglic. Lennard Hofstede (Team Jumbo-Visma) ainda tentou ajudar Roglic a reduzir a margem para Carapaz mas devido a este ter estado integrado na fuga já não tinha capacidade para ajudar, ficando rapidamente para trás.
Entretanto David Gaudu chegava à meta na primeira posição depois de uma magnífica prestação, vencendo pela segunda vez nesta edição da Volta a Espanha. Gino Mäder chegou na segunda posição a 28 segundos do Francês e Ion Izagirre chegou na terceira posição a 1 minuto e 5 segundos de Gaudu.
Carapaz entrava no quilómetro final a tirar cerca de 25 segundos a Roglic até que o inesperado aconteceu! A antiga equipa de Carapaz a Movistar Team ajudava Primoz Roglic com Enric Mas e Marc Soler a trabalhar para o esloveno, fazendo com que este não perdesse a sua camisola de líder.
Richard Carapaz chegou à meta com 2 minutos e 35 segundos de atraso para Gaudu depois de deixar tudo o que tinha na estrada para ganhar tempo ao seu rival. Hugh Carthy ainda atacou nos metros finais saindo do grupo de Roglic chegando à meta com 15 segundos de atraso para Carapaz. Primož Roglič chegou com 21 segundos de atraso para Carapaz , segurando a sua camisola de líder, indo para a etapa de consagração na primeira posição.
No que diz respeito à geral não há alterações com Primož Roglič a partir para a ultima etapa como líder com 24 segundos de vantagem sobre Richard Carapaz que é segundo, e 47 segundos de vantagem sobre Hugh Carthy que é terceiro.
Foto: Photogomez Sport
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