Este ano correu-se a 104ª edição, com o percurso a manter-se praticamente inalterado. 243,3 quilómetros com os famosos setores de empedrado, porém este ano com a particularidade de não haver público nestas secções. Esta edição marca também a estreia de Rui Oliveira (UAE-Team Emirates) num momumento, chegando na 65ª posição.
A formação da fuga ocorreu nos os quilómetros iniciais, após várias tentativas de ataque, com Gregor Mühlberger (BORA - hansgrohe), Gijs Van Hoecke (CCC Team), Samuele Battistella (NTT Pro Cycling), Dimitri Peyskens (Bingoal - Wallonie Bruxelles), Danny van Poppel (Circus - Wanty Gobert) e Fabio Van Den Bossche (Sport Vlaanderen - Baloise) a serem os ciclistas que constituíram a fuga.
No pelotão as equipas que mais passavam pela frente eram a Deceuninck - Quick Step, Team Jumbo-Visma e Trek - Segafredo, que rapidamente iam encurtando o tempo para os fugitivos.
A fuga foi alcançada a cerca de 50 quilómetros do fim, e a corrida começava a ficar novamente mais animada com varias tentativas de ataque, até que na frente da corrida ficaram Mathieu van der Poel (Alpecin-Fenix) e Wout van Aert (Team Jumbo-Visma) e Julian Alaphilippe (Deceuninck - Quick Step).
Estes três tinham tudo para discutir o pódio entre si, até que o inesperado aconteceu, Julian Alaphilippe embate contra a mota da organização, caindo desamparado no chão, acabando aí a corrida para o campeão do mundo.
O pelotão de tudo fazia para chegar aos dois titãs da frente, mas todos os esforços eram em vão. Oliver Naesen (AG2R La Mondiale) ao perceber que já não era possível alcançar a frente da corrida, saia do pelotão para tentar assegurar o terceiro lugar do pódio, porém rapidamente foi absorvido novamente pelo pelotão.
Chegava o último setor de empedrado (Paterbang 400 metros a 10,8%) e Mathieu van der Poel e Wout van Aert passavam ambos pela frente, trabalhando em conjunto para puderem discutir "tranquilamente" a vitória entre si.
Mal entraram no último quilómetro começaram também a troca de olhares entre si para tentarem perceber o momento certo de ataque. Van der Poel estava no lugar menos favorável ao sprint, pois encontrava-se na frente do Belga, e tinha de olhar muito para trás. O Campeão Holandês ao perceber o mínimo movimento de sprint por parte do Belga, lança-se também ao sprint, com os dois a batalharem dando tudo de si, proporcionado um dos melhores e renhidos sprints de sempre, com Van der Poel no final a levar a melhor, batendo o Belga por menos de meia roda de vantagem.
No pelotão também havia sprint pelo terceiro lugar, com Alexander Kristoff (UAE-Team Emirates) a ser mais forte, fechando o dia no pódio.
Que final de temporada de monumentos espetacular com um duelo à altura dos deuses, com a certeza que a próxima temporada trará muitos mais duelos entre estes dois grandes fenómenos.
Sem comentários:
Enviar um comentário